Por que resolvi largar o HTML e partir pro Flash (Flex na realidade)

No decorrer de 2009 iniciei um projeto cujo principal objetivo técnico consistiu em levar ao extremo o que consigo fazer atualmente usando Grails na camada de controle e domínio e a dobradinha HTML/CSS/Javascript na camada de visualização (atualmente, só de ver uma interface 100% baseada em campos textuais e caixas de seleção já começo a bocejar).

Na camada de visualização quis ver o quão próximo do desktop eu conseguiria chegar usando HTML, CSS e Javascript (muito JQuery neste caso). Nos primeiros momentos, fiquei bastante surpreso com o que estava conseguido: muito drag and drop e uma interface bem diferente do feijão com arroz que estava habituado a produzir. Porém, conforme o projeto progredia, algo ficava nítido pra mim: na camada de visualização estava usando ferramentas erradas. Sendo assim, parei de me auto enganar e resolvi aceitar um fato: HTML não foi feito para se criar aplicações ricas.

É importante que nos lembremos das raízes históricas da web: sua estrutura foi construída ao redor do que se intencionava ser um mecanismo de distribuição de documentos, e não para se criar aplicações (só pra lembrar, é Hypertext Transfer Protocol). Resumindo: faz muito sentido usar HTML para se expor conteúdo textual, mas muito pouco para se criar aplicações com interfaces ricas (o que é o meu caso).

O pesadelo do HTML (os tais “web standards”)

A verdade é: usar HTML para criar aplicações com interfaces ricas ainda é (e vai continuar sendo por um bom tempo) um pesadelo.

Sim, é verdade que as coisas estão melhorando, e temos alguns bons indícios disto:

  • Google tá puxando o HTML 5 no Chrome, e o Firefox e Internet Explorer já estão começando a oferecer algum suporte
  • O maldito Internet Explorer 6 está começando a desaparecer
  • Bibliotecas como jQuery conseguem minimizar a discrepancia entre as diferentes implementações do JavaScript presente nos navegadores
  • Aplicações como Google Maps expõe que de fato é possível criar aplicações ricas usando “apenas” HTML, CSS e muito JavaScript

Yeap: mundo lindo né? Só que tem alguns “pequenos” problemas.

Microsoft Internet Explorer ainda domina

Ainda não sairam as estatísticas do quarto trimestre de 2009, mas é fato: até o terceiro trimestrede 2009 quase 70% das pessoas ainda usam o maledeto IE. (fontes: NetApplications, W3Counter, StatCounter). O IE8 é mais próximo dos padrões do W3C, é verdade, porém sabendo um pouco de história, fica nítido que será temporário, e em pouco tempo a Microsoft irá incluir novas “features” no seu navegador. (pior: IE6 ainda é o browser mais usado (fonte: NetApplications).

Os browsers ainda não são todos 100% compatíveis com os padrões web

Se você quer criar uma aplicação rica usando apenas web standards, ou seja, HTML, CSS e Javascript, no mínimo os navegadores devem ser compatíveis com o padrão, certo? Atualmente apenas o Chrome 2 e o Safari 4 conseguem passar no Acid3 (fonte). Juntos correspondem atualmente a algo em torno de no máximo uns 9% do mercado. (só pra “animar”, o IE8 conseguiu passar com nota 10/100).

HTML 5 ainda está longe de se tornar realidade

O HTML 5 cuja especificação começou em 2004 vai ter a sua primeira versão candidata publicada (talvez) em 2012 E vai ser recomendado pelo W3C a partir de 2022 (fonte). Ok: então se o mundo não acabar em 2012, teremos de esperar “apenas” mais 10 anos.

Claro, nada impede que os navegadores comecem a implementar o padrão, certo? De novo, não é lá muito animador, basta ver o que temos hoje (fonte (yeap: Wikipédia mesmo, porém as fontes indicam ser um post confiável)). Seu cliente topa esperar todo este tempo?

Nada contra os web standards (muito a favor!), desde que sejam usados no lugar certo

Se o seu trabalho não exige uma interface rica (com drag and drop, multimídia de fato e interação que vá além de meros campos textuais e caixa de seleção), e serve apenas para expor conteúdo, web standards é o canal (aliás, o único que conheço), pois apresenta diversas vantagens:

  • Maior compatibilidade entre navegadores (sempre relativa)
  • Carregamento mais rápido
  • Facilidade de indexação por motores de busca
  • Código limpo

Quer usar apenas web standards para criar aplicações ricas? Ok! Faça um jogo que valha à pena usando apenas Javascript, HTML/CSS compatível com todos os navegadores e depois ma apresente. :)

Como acabei optando pela plataforma Flash

O caminho natural para o meu caso, que sou especializado de fato na plataforma Java seria o JavaFX. No entanto, alguns fatores pesaram muito a favor da solução da Adobe:

  • Flash é uma tecnologia madura
  • 98% dos computadores possuem o Flash Player instalado (fonte)
    (multiplataforma e PADRÃO é ISTO)
  • É lingua franca entre designers (com os quais a cada dia que se passa, tenho tido de interar mais e mais), pois é completamente integrado às ferramentas gráficas da Adobe (que são as melhores)
  • ActionScript é uma linguagem que se mostrou surpreendentemente poderosa para mim, que até então a esnobava com a maior tranquilidade (bem feito pra mim!)
  • Foco na parte visual
  • Flex é agora completamente open source (se não o fosse, estaria usando JavaFX agora)
  • Flex e Air

O que me fez realmente me apaixonar de fato, confesso, foi o Flex. Conforme ia estudando a tecnologia, fiquei fascinado com a riqueza que ela me oferece. Basicamente, é o Flash, porém com uma roupagem mais próxima da que desenvolvedores de aplicações como eu estamos acostumados. O projeto que mencionei no início deste blog está sendo atualmente refeito em Flex: e o resultado está sendo maravilhoso.

Com Flex consigo acessar via HTTP (e também por WebServices, bancos de dados, etc) de uma forma MUITO simples tudo o que preciso, ou seja, é fácililimo de integrar com meu código legado. Existe inclusive um plugin para Grails bastante interessante (fonte). Ou seja, continuo trabalhando no backend com as mesmas ferramentas que usava antes: a única diferença é que agora uso Flex na camada de visualização quando preciso de algo mais elaborado.

Além disto, outro fator importantíssimo foi o Air, que nos permite transformar a nossa aplicação web em uma aplicação desktop de uma forma incrívelmente simples.

Conclusões

A conclusão que chego é a seguinte: se sua interface será simples, e não requer nada que vá além do que o HTML 4 de hoje com JavaScript e CSS podem te oferecer, fique com os padrões web de hoje. Eles te atenderão perfeitamente. Abrace-os e defenda-os com unhas e dentes.

No entanto, se sua aplicação requer uma interface rica, que vá além dos controles HTML, e não é algo cujo principal propósito seja expor informação textual ou pictórica, opte por alguma tecnologia RIA (Silverlight, JavaFX e Chrome Frame (considero o Frame uma plataforma RIA, visto que é um plugin assim como os demais) são MUITO interessantes também), pois irá lhe poupar MUITO tempo e, querendo ou não, é a ferramenta certa para este tipo de trabalho.

Acredito em um meio termo: nada impede misturar web standards com algum framework RIA, pois no caso do projeto que mencionei, é exatamente o que estou fazendo neste momento.

Neste ano estou apostando no Flex. Aguardem por vários posts a respeito conforme me aprofundo na ferramenta e, mais importante: Feliz 2010!

PS: agora, por caridade: não empolgue e faça seu blog ou página corporativa usando apenas algum framework RIA ok? Assim você quebra a bicicleta! :)

Update setembro de 2013

As coisas correram bem diferente do que eu imaginava: o HTML 5 acabou se tornando muito mais adotado pelos browsers, ao ponto de que simplesmente não precisei mais pensar em Air/Flash para desenvolver apllicações ricas.

Então pode-se dizer que nem deu tempo de abandonar direito o HTML 5: acabei ficando nele mesmo e abandonando o Air, mas muitas das coisas que disse neste post ainda se aplicam: não há ferramentas visuais tão boas para HTML 5 quanto há para Flash, e o suporte ainda não é 100% (provávelmente nunca será), mas tá bem lá pelos 80, 90% chutando por alto.

É: acabei abandonando o Air. :) https://devkico.itexto.com.br/?p=1550

49 comentários em “Por que resolvi largar o HTML e partir pro Flash (Flex na realidade)”

  1. Só não concordo com o multiplataforma, uso linux como Desktop há 8 anos.. e te falo o seguinte, tudo evoluiu muito de tal forma que hoje vejo o linux com melhor usabilidade que o windows.

    Mas o Flash parou no tempo, até hoje MUITA coisa não funciona, inclusive coisa básica como vídeo embbed!
    E não adianta falar de versão, uso sempre as últimas versões do software, synaptic me ajuda nisso =)

    PS: vc viu a amostra utilizada na pesquisa “98% dos computadores possuem o Flash “?
    Canada, Europe, Asia, Japan, and South America (not a representative Internet sample- English speaking respondents only).
    Quem fala inglês na américa do sul????? enfim.. está fora da nossa realidade! =(

    Abraços,

    1. Sabe Mario, discordo com relação à sua objeção com relação à pesquisa por uma razão simples: sim: na America do Sul falamos basicamente espanhol e português mas…

      Dos computadores que acessam a internet, pode ter certeza que 99% acessam sites como o YouTube que, querendo ou não, é Flash, e com video embutido que realmente funciona. Sendo assim, em nada invalida a pesquisa.

      Mas valeu pelo toque mesmo assim!

  2. Raphael Miranda

    Os browsers avançam muito mais rápido em direção aos padrões que a Adobe com o flash que ainda é uma plataforma muito pouco performática e pouco compatível. Até hoje o flash 64bits é instável(principalmente no linux) e inexitente para plataformas Arm. Silverlight é pior ainda em compatibilidade. Isso provavelmente é uma consequência do Flex náo ser open-source, pois o seu kernel, a maquina virtual flash não é.
    O Flex tem uma grande vantagem nao minha opiniao que são as ferramenta de desenvolvimento. A adobe se superou nesse ponto criando algo produtivo para programadores e designers ao mesmo tempo. Isso que da força a plataforma apesar dos problemas do flash.

    Sobre as RIAs em geral, o maior problema é confundir a web com desktop. Acho que é muita hype e muito poucos nichos de utilidade.

    PS: A NetApplication projeta baseado na prograssao dos dados atuais que a IE tera só 50% do mercado ate maio.

    1. Oi Raphael, mas ai concordo com você nos seguintes pontos:

      * Todo mundo sabe que as plataformas RIAs não são fetias para serem performáticas. O objetivo não é ter alta performance (esta é de responsabilidade nestes casos, 90% das vezes, do servidor), mas sim criar interfaces mais ricas do que as que conseguimos criar usando os padrões web atuais.

      * Flash 64 bits é instável no Linux, no entanto, você ainda pode usar a versão 32 bits (que nem difere taaanto assim) se quiser.

      * Ops. Flex é opensource sim, foi por isto que o escolhi (foi fator decisivo na minha escolha inclusive). Da uma olhada neste link: http://flex.org/

      * Flash ainda é inexistente em diversas paltaformas, concordo plenamente, porém entre as presentes alternativas RIA, é de longe a mais abrangente.

      * Concordo com relação à confusão web com desktop. E foi por isto que optei por usar alguma ferramenta RIA, pois querendo ou não, o que o usuário realmente quer é uma interface rica e consistente, independente do sistema operacional em que é executado.

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  4. Não sei exatamente o que vc quer fazer, mas estou fazendo uma “RIA” com GWT, e gostando bastante.

    1. GWT é realmente incrível, mas ainda é melhor voltado para aplicações nas quais, como mencionei, o conteúdo é basicamente textual ou pictórico.

      Vá um pouco além disto e começam a aparecer os problemas. É como mencionei, é ótimo criar aplicações ricas para a web usando ferramentas como o GWT ou JQuery, no entanto ainda é MUITO mais trabalhoso do que se estivéssemos trabalhando com alguma plataforma RIA como Flex, Silverlight, JavaFX ou Open Laszlo.

      Sinceramente, eu torço para que os navegadores se acertem, mas enquanto isto ainda está muito longe da realidade, vou dar uma investida nestas plataformas por enquanto.

      Valeu pelo toque!

  5. A grande vantagem do Flex é ser RAD. Trabalhar no Flex (agora Flash) Builder é muito produtivo. Se aliar um framework, como o Mate, que venho estudando fortemente, além de produtivo, a manutenção posterior fica simplificada e torna-se muito mais fácil escalar a app.

    Sou suspeito para falar, pois de 2 anos para cá, eu respiro Flex.

    De qualquer forma, todas as opiniões foram bem fundamentadas. Mas no cenário atual, Flex por enquanto é a melhor escolha.

  6. Uma pergunta:
    Por que não o Silverlight?

    A versão 4.0 parece que será a coisa mais avançada do mundo para desenvolver RIAs.

    A única desvantagem do Silverligth é: não roda no Linux (1% do mercado).

    1. Oi Jeorane,

      eu pensei no Silverlight também, mas como mencionei no post, as seguintes razões me fizeram optar pelo Flex:

      * Open source (há a implementação Mono do Silverlight, mas esta sempre será um passo atrás)
      * Adoção (é MUITO raro encontrar um PC sem o plugin do Flash instalado (em dispositivos móveis a história é outra, mas mesmo neste caso Flash ainda ganha))
      * Integração com as ferramentas de design da Adobe (que são as inegávelmente as melhores), o que torna mais fácil a minha comunicação com os designers que eu possa vir a contratar
      * Maturidade da plataforma
      * A própria natureza do Flex que, conforme fui estudando, foi se mostrando mais interessante também para o nosso caso.

      E, no caso do Silverlight, há também fatores históricos. Basicamente, todas as vezes em que apostei na plataforma Microsoft a médio e longo prazo sai no prejuízo. Da uma olhada neste link (aqui)

  7. Trabalho a algum tempo com Flex e digo que é possível fazer coisas incríveis com essa ferramenta. Na minha opinião, essa tecnologia é hoje a melhor opção pra desenvolver RIA.

    Mas nem tudo são flores. Um dos problemas é que apesar do Flex ser open-source, ele depende do Flash que é uma tecnologia fechada. Outra questão é a ferramenta Flex Builder (a partir da versão 4 se chamará Flash Builder) que não tem suporte pra Linux. A Adobe até chegou a lançar uma versão alpha, mas está “encostada” desde o ano passado.

  8. Apenas complementando, uns dias atrás escrevi isso no twitter e acho interessante divulgar aqui também:

    Existe uma issue pedindo para que a Adobe libere uma versão do Flash/Flex Builder 4 para Linux. Pra quem tiver interesse, acesse lá e vote a favor dela: http://ow.ly/OJrd

  9. Pingback: Most Tweeted Articles by Adobe Experts

  10. Uma questão que está usando no Grails plugin para o Flex? Há pelo menos 3 plugins e eu não sei qual usar.

    1. Oi Rodrigo,
      por enquanto não estou usando plugin algum. Estou me focando apenas em aprender de fato a dominar este bicho chamado Flex pra depois ver estes plugins.

      No entanto, pelo que pude ver, provávelmente o uso de plugins é desnecessário, uma vez que pelo Flex você pode fazer chamadas do tipo HttpRequest para o servidor. Como as URLs do Grails já são padronizadas, tudo o que preciso fazer consiste em retornar algum xml (ou qualquer formato padronizado) para a minha interface gráfica, interpretá-lo e fazer o que for necessário.

  11. Daniel Maciel

    Muito bom o texto Kiko. Esclarecedor.

    Inclusive gostaria de destacar que tive um amigo na faculdade que usou o Flex em seu projeto final de curso.
    A interface gráfica do projeto dele foi tão boa que acabou sendo decisivo para o sucesso na banca. Ele tinha dito para mim que o flex é muito fácil e ágil de se trabalhar, inclusive acompanhei ele quando estava praticando com tutoriais.

  12. Sergio Pantano

    Sou desenvolvedor Java a algum tempo e sempre vi algumas dificuldades quando penso no Flex e acho que são as dúvidas de muitas pessoas:

    – Qual o tamanho da curva de aprendizado? Tem material na internet (forums, blogs, etc) e livros bons em português*?

    – O Flex é open-source, mas existem boas IDEs gratuitas para desenvolvimento, como temos o Eclipse e o Netbeans?

    – É necessário saber Flash ou desenhar para desenvolver?

    1. Oi Sergio,

      bom: posso te responder com base na minha pouca experiência ok? Vamos lá:

      * A curva de aprendizado é menor que a que eu esperava. Achei que fosse ser muito mais difícil pelo fato de ser uma plataforma completamente diferente da que estava habituado, porém o material fornecido pela Adobe (seja como vídeos ou que você pode baixar no próprio site da Adobe) é simplesmente excelente. Há uma comunidade brasileira significativa E internacional também. Na realidade, fiquei muito supreso com a quantidade de material disponível (há MUITA coisa).

      No meu caso, comecei pela documentação da Adobe, e depois dei uma lida no “Flex in Action”, que é excelente.

      * Com relação ás IDEs, eu vi algum esforço na produção de ferramentas open source para a plataforma, porém não experimentei nenhuma ainda (estou usando apenas o Flex SDK + um editor de texto qualquer + documentação), pois quero estudar com maior profundidade a plataforma (IDEs me deixam preguiçoso). Ouvi alguns comentários bem interessantes no entanto a respeito de plugins tanto para o jEdit quanto para o Netbeans (este segundo, li muitas coisas interessantes a respeito).

      * Bom: eu não sabia nada de Flash quando comecei. A idéia da Adobe com o Flex consiste em trazer para nós desenvolvedores um ambiente que nos seja familiar, o que não rola de modo algum com o Flash. Sendo assim, este sem sombra de dúvidas não é um requisito.

      No mais, tem sido uma experiência muito bacana pra mim aprender o Flex. Fiquei MUITO bem impressionado com o ActionScript 3 e com o MXML, linguagens realmente poderosas e surpreendentemente fáceis de se aprender.

  13. Se voce quer se aproximar tanto em aplicações Desktop, porque nao desenvolver em Swing, num JAppelt, e rodar dentro de applet html?

    1. Yeap, foi uma das alternativas que pensei, no entanto há um problema: penetração.

      A penetração do Flash é anos luz à frente da do Java atualmente, razão pela qual acabei optando pelo Flash.

      Além disto, fazer coisas visuais em um JApplet é muito mais difícil do que em Flash. Temos o JavaFX ai pra ver no que vai dar né? Mas por enquanto vou ficar com o Flex mesmo.

      1. Tirando a questão da complexidade do swing, voce acha então que é viável utiliza-lo nos projetos aplicação Web atraves do Applet?

        1. É tão viável quanto para desktop. Sinceramente, eu não acho o swing tão complexo como dizem.

          Aliás, eu me lembro que no Java 1.1 em 1996/97 já existiam applets MARAVILHOSOS feitos apenas com AWT. Se com AWT (que é horrível) já era possível, com Swing é ainda mais. :)

    2. Há outra razão também: da uma relida nos pontos listei. Flash é da Adobe e se comunica muito bem com o ecosistema dela, que é a lingua franca entre os designers.

      O mesmo infelizmente *ainda* não se pode falar do Java.

  14. Show de Bola teu post cara!

    Comecei o ano na mesma linha.

    Na real, tive uma Motivação extra para começar com Flex. Fiquei mais assustado ainda quando vi uma integração dele com o RED5.

    Nunca fui fã de flash, principalmente quando eles travavam meu coitado K6-2.

    Mas, depois de ver alguns recursos do Flex, e a facilidade de desenvolvimento desses, cheguei a conclusão que vale muito a pena pagar pelo “peso” dele se comparado a uma App Sequinha(HTML-CSS-JS). Sem contar, que você não terá mais pesadelos com “padrão” W3C/IE’s.

    Action Script também anda me surpreendendo bastante.

    E como nem tudo são flores, tem gente quebrando a motoca fazendo sitezinho em Flex…

    Abs

    1. Que bom que gostou Thiago. Vou dar uma olhada no link que você me submeteu e em seguida te passo o retorno ok?

  15. Comigo foi exatamente o contrário, eu acabei abandonando o Flex pelo uso do HTML+CSS+JavaScript, pois o mesmo estava começando a se revelar problemático, ,acabava que escrevendo muito para fazer pouco, além de ter uma forte dependencia com o Adobe Flash Builder, sem tal IDE não tem como ser produtivo.

    E com o Flex as procupações se tornam outras, de fato em termos de linguagem e tecnologia achei o JavaFX bem mais promissor, pena que a Sun não soube fazer e tornou a tecnologia tão problemática que acaba sendo um parto uma integração Java+JavaFX.

    1. Sabe, eu torço para que no futuro eu possa fazer exatamente o que você fez, ou seja, sair do Flex para o HTML+CSS+Javascript (eu não gosto de usar tecnologias proprietárias), mas por enquanto ainda não é viável – infelizmente :(

      1. Depende, nos meus projetos atuais (a maioria em php) eu crio helpers para simplificar um pouco meu trabalho reusando aquele mesmo código da forma mais geral possível, de fato é trabalhoso pra caramba, mas partindo do principio “faça uma vez e reuse mil vezes” eu peso todo meu trabalho para fazer o código da forma mais genérica possível para que possa reusar sem ter tantos conflitos, sei que a desvantagem dessa forma de trabalhar é que muitos projetos serão semelhantes entre si, mas eu não sou designer, sou programador, programo para resolver um determinado problema de forma simples e direta, assim como faço com as aplicações em Java, swing é tudo igual, então porque não posso fazer as aplicações RIA todas iguais também?

  16. Alexsandro

    muito bom seu post

    tbm estou migrando para flash/flex, e estou ouvindo diversas opinioes.
    to comedo, to achando muito inserto esse futuro.

    falow

  17. Muito bom o artigo, flash está bem além do html5.

    Google apoia adobe neste mercado, inclusive o Google Chrome já vem com flash player instalado, nativo do navegador, 90% dos computadores no mundo já possuem flash, e isso vai aumentar ainda mais quando o restante dos navegadores ja virem com o flash embutido.

  18. Eu estou tendo um contato com Flex comunicando com Java!! achei mto interessante ^^
    porém no Chrome não quer rodar minha aplicação básica!! só roda no IE e Mozilla!! estranho isso neh!!

    excelente post! =)

  19. Cara, Parabéns pelo post, sou suspeito em falar pois aqui em Brasília por toda empresa onde passou sou um ‘flex evangelist’ e deixo uma aplicação em flex (hehehe), hoje temos flex em orgãos públicos como MEC e FNDE com resultados sastifatórios e com um custo de manutebilidade muito baixo.
    Ah… só para atiçar um pouco a galera do HTML5 ( eu gosto de javascript e html viu? ), agora o flash player tem suporte nativo para p2p (hehehe) e agora ele roda no hardware e não mais na memória ( tome essa Steven Jobs – grande irmão do Bill $$$$ Gates ).

    Um abraço a todos.

  20. Eu não acho que html5 seja o salvador da pátria, pois ele tem alguns problemas, porque é muito mais dificil produzir aplicações html5, pois exige muito mais do programador como conhecimento avançado em javascript combinando com css e xhtml. Uma tarefa simples de se fazer em flash, pode se tornar muito complexo quando feito em html 5. Devido a complexidade de se trabalhar com aplicações interativas em html 5, tenho certeza que vai ter muito mais bug em html 5 do que em flash. Uma tecnologia melhor, não necessariamente tem que ser dificil, neste ponto eu sou a favor do flash devido sua maturidade e legado. Dizem que é desvantagem do flash a necessidade de plugin, mas html 5 é totalmente dependente do navegador compativel para ser executado, então os dois possuem dependencias. Se voce reparar os sites mais criativos em interatividade do mundo são feitos em flash, e html5 vai ter que amadurecer muito para fazer igual. A unica desvantagem que eu vejo em flash é otimização de sites, porque o resto ela é uma maravilha tecnologica que facilita a vida do desenvolvedor.

  21. FlexDeveloper

    Hello Admin.
    Creio também no que o David postou e tenho uma questão em minha mente que está me atormentando:
    E agora que a adobe está focada em html5 qual será o futuro para nós desenvolvedores flex?
    Claro que outro tipo de tecnologia RIA mas qual? ZK Framework? Capuccino? Sencha(Javascript bunitinho) ? Silverligth já morreu? ou HTML5 tentando virar RIA?

    Enfim acho que posso por enquanto me conformar com AIR!
    Qual sua opnião admin?

    Até mais galera!

    1. Pois é FlexDeveloper,

      depois dessa da Adobe devo confessar que minhas bases foram bem baqueadas viu.

      A idéia é tentar transformar o HTML5 no “RIA Standard”, mas ainda não há ferramentas tão bacanas como as que existem pro Flash.

      Por outro lado, estas vão acabar surgindo uma hora ou outra (provavelmente vindas da própria Adobe). Então, sabe o que eu acredito que vá acontecer mesmo? Nós vamos migrar do Flash/Flex pro HTML5 sem sequer perceber. Não me assustaria no futuro ver surgir algo como um “conversor Flash -> HTML5” feito pela Adobe.

      1. FlexDeveloper

        Realmente admin, percebemos que a tendência potencial é um “conversor Flash -> HTML5″. Isto se confirma através de várias linhas que segmento que a própria adobe está convergindo como por exemplo: adobe edge, captivate, portal adobe html5, ADEP, aquisição do phonegap e outros. Porém dentre estes o que me deixa mais curioso e animado é o ADEP Data Services para JEE 4.6. Segundo as documentações para desenvolvimento oferece Websocket, remote call(javascript) + html5.

        Instalei o preview 2 do ADEP mas até agora não vi muito RIA HTML5.

        link:
        http://labs.adobe.com/technologies/adep_dataservices_jee/features.html

        Até mais Galera.

  22. Amigo vc tem arquivos sobre o flex? procurei na internet mas esta complicado!
    Obrigado!

    Ateniosamente…….

    Diogo Magno

  23. boa noite amigo!
    Vc sabe me informar se adobe flex builder 4.6 possui a ferramente designer?
    E se possui onde devo ir pra encontrar?
    ATT.

    1. Kico (Henrique Lobo Weissmann)

      Oi Marcelo, desculpe pela demora na resposta.

      Como faz muito tempo que não trabalho com Flex, não sei.

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